quinta-feira, 29 de maio de 2008

Helena Soares



Amor de vidro

Helena Soares

Nesta hora que pássaros voam noturnos
É ave-maria no ser que entranhas...
Quimeras para lembranças de feições e saudades
Jeito doído de ser gente esse que esconde sem esconder
Mostra no semblante gostares com vontade furtiva de abraçar
Falta prática para coisas que o coração dá de graça
Na distância lembrar com ponta de faca
Máscara para definir bravuras sem castigar
Trovões para tempestades e silêncios reticentes
Amor de vidro esse quebranto em febre para trabalheiras
Todo dia é dia de amar e trabalho dá
Lavar para ficar branquinho em festa passear
Mandar beijocas de sorrisos em batons se lambuzar
Ser só cuidado para esse vidro não quebrar
Quebrado já este falta emendar
Amor de vidro esse quebranto em febre para trabalheiras.



2 comentários:

Cia.h3 + Helena Soares Aphonso disse...

Gosto muito...

Roberley Antonio disse...

Prezada Escritora Helena Soares,

Lindas palavras, sensíveis e norteadoras.

Sentimos falta dos seus textos no Canto do Escritor. Apareça mais vezes.

Parabéns pelo talento e simpatia!

Saudações Literárias,

Roberley Antonio
http://www.mementomori.com.br
http://www.noitedepoesia.com.br